Martinho da Vila: Vontade de voar

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3.06.2012 às 00h32 > Atualizado em 2.06.2012 às 20h32

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Martinho da Vila: Vontade de voar

Rio - Junho, mês dos baloeiros. Vai haver exposição de balões sem fogo
no Cachambi, certamente será bonito. São verdadeiras obras de arte, e
a prática é permitida, mas para mandar os balões para o ar depende das
condições climáticas e da autorização do Corpo de Bombeiros. E há
outras exigências.

Nos anos 1950, eu estava em plena adolescência e, neste mês de Santo
Antônio, São João e São Pedro, o céu carioca, à noite e de dia, era
mais bonito, por causa dos coloridos balões, muitos. Diariamente eram
os charutos que subiam em zigue-zague, os caixas-quadrados, os
peões-serenos, os estrelas... Estes os mais lindos e difíceis de
fazer. À noite não dava para saber o formato, mas, em sua maioria,
eram do tipo tangerina, mais fáceis de ser confeccionados e que subiam
sem balançar as lanterninhas que os enfeitavam. Nós, os moleques,
vivíamos olhando para o alto, preparados com varas de bambu e prontos
para correr e pegar. Eu gostava de fazê-los, soltá-los, pegá-los.
Nunca tive notícia de nenhum grande incêndio provocados pelos
luminosos. Os menores em sua maioria caíam apagados, e os maiores
sumiam nas nuvens, onde eram destruídos pelos acúmulos de partículas
de vapor d'água, cristalizados. Todos eram feitos de papel fino.
Depois surgiram grupos de baloeiros que passaram a usar outro material
e soltavam balões gigantescos e perigosos, que são proibidos por lei.
Agora não se pode soltar nem o pequenino e inofensivo balão japonês.

Eu não tirava os olhos do firmamento e só ia pra cama quando minha mãe
ordenava. Custava a dormir. Fechava os olhos e ficava imaginando
coisas... e via pontinhos coloridos na escuridão. Aí sonhava com
perigosos balões pegando fogo, incendiando florestas, o que era
pesadelo, não devaneio. Certa vez eu sonhei que um grandalhão subiu e
caiu logo após ser solto. Então eu o peguei e a boca era tão grande
que tive de abrir muito os braços para pegá-lo e, quando segurei, o
ladino tomou novo impulso e subi agarrado nele. Foi lindo, não me
apavorei. De alto eu via os carros em movimento nas ruas, os rios, as
florestas...

Eu era menino e tinha vontade de voar, atingir as nuvens, o que já fiz
muito de avião de quase todos os tipos — grandes, pequenos, Boeings,
jatinhos, monomotores... De helicóptero pairei sobre savanas angolanas
vendo animais correndo entre a vegetação. Também tranquilamente, já vi
de cima as cataratas de Foz do Iguaçu, mas, não sei por que, fiquei de
pernas bambas sobrevoando a cidade de São Paulo e não tremi ao pular
de parapente, de uma serra em Duas Barras. Só me falta voar em um
balão de gás dirigível. É um sonho.
E-mail: palavradesambista@martinhodavila.com.br

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Até mais MAGUILARJ KRIOKA
Balão é Crime Corrupção é que é Arte !!!!

ÀS VEZES EU OLHO PARA ALGUMAS PESSOAS E PENSO...
NÃO É POSSÍVEL QUE ESSE ERA O ESPERMATOZÓIDE MAIS ESPERTO!"

Fotografar é uma arte, use máquina fotográfica, sua foto pode fazer
parte da História. Celular é para se comunicar.
Álcool? Só na cachaça. Combustível é GASOLINA.
Se for DIRIGIR não BEBA mas se for BEBER me CHAME
Everybody need something. I think I need a beer...Nunca fiz amizades
bebendo leite.
A diferença entre os homens e as crianças é o tamanho dos seus
brinquedos.. . e o preço deles !
Não Basta ter quatro rodas. É preciso ter tração em todas... e bloqueio"
Vc acha que minha Rural bebe? Ela anda 5 km e bebe 1 litro, eu bebo 5
litros mas não ando nem 100 metros

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